segunda-feira, 26 de maio de 2014

Ídolos corintianos falam sobre a base

     No último sábado(24) foi realizada no Parque São Jorge a inauguração de um busto em homenagem ao craque Rivellino. Na cerimônia, além do reizinho do parque, estavam presentes ídolos corintianos como o herói do título paulista de 77, o ex-atacante Basílio, e o ex-lateral Zé Maria, que fez história na década de 70 com a camisa alvinegra  conquistando o paulista em 77 e 79 além de fazer parte do elenco da democracia bicampeão paulista em 82 e 83, o conselheiro do clube Antonio Roque Citadini também estava lá. O Indústria de Base aproveitou a oportunidade para conversar com os presentes sobre a o futebol de base, os problemas enfrentados na formação dos jovens atletas, a homenagem e o primeiro gol marcado pelo Riva na Arena Corinthians.



O homenageado


"Realmente especial na minha vida, um momento único, um momento em que eu fico eternizado no Corinthians e eu só tenho a agradecer às pessoas pelo carinho e pelo reconhecimento pelo que o Rivellino representou para o Corinthians. Eu já dormia tranquilo por que eu sabia da minha passagem aqui, procurei fazer o melhor, procurei fazer o máximo possível então eu tinha minha consciência tranquila, mas sempre ficou  uma coisa mal resolvida quando eu saí, então hoje pelo menos as coisas estão no eixo e eu durmo mais tranquilo ainda e fico muito feliz por essa homenagem. Vou agradecer ao Andrés, ao presidente Mario Gobbi, ao Roberto Andrade, ao pessoal que fez questão que o Rivellino tivesse seu busto aqui." 


Sobre o gol no Itaquerão


"Aquela também foi uma homenagem fantástica, foi interessante que os jogadores e os torcedores queriam que o Rivellino batesse e não é minha praia bater pênalti. Eu cheguei para o Ronaldo e falei, Ronaldo vem cá querido você cai para um lado que eu vou bater no outro não vai complicar a minha vida. Ele falou, não Riva fica tranquilo. Aí eu fiz o meu gol e graças a deus foi muito bonito." 

O cartola, sobre o perigoso encanto da vida de jogador

"Os jogadores na maior parte vem de camadas sociais pobre se de repente começam a conviver com essa coisa do futebol às vezes dá uma grande projeção, dá dinheiro então as pessoas precisariam aprender para isso. Nós chegamos a contratar uns economistas que fizeram uns cursos para eles. Um problema da categoria de base é a bebida, as pessoas bebem cerveja desde cedo, tudo bem beber cerveja pra quem queira beber, agora para um atleta é um horror. A difculdade é que é gente de família simples e que de repente a primeira idéia é comprar um enorme carrão".

O Super Zé e o trabalho social

Zé Maria posa para foto no evento/Arthur Sales
"O clube tem a obrigação pelo menos de dar oportunidade, agora a sequência da vida pessoal ou carreira do jovem que vem fazer a atividade esportiva depende muito dele. Infelizmente a gente não tem essa estrutura para dar esse suporte à esse jovem, mas seria interessante se criar alguma coisa nesse sentido".

Fundação casa

"Tem muitas coisas para fazer, hoje eu faço um trabalho na fundação casa com esses adolescentes que estão em litígio com a justiça e a gente tenta pelo esporte dar oportunidade para que eles façam a atividade e na sequência a parte cultural da fundação tenta fazer um encaixe caso eles não consigam ser um jogador de futebol. Acho que o mesmo poderia ser feito nos clubes, aquele jogador que não tem essa oportunidade de seguir carreira pelo menos esteja preparado para outra atividade".


 O Pé de anjo e a persistência

"Quando ele é dispensado ele tem que continuar em busca do seu sonho, pode ser que não seja naquela equipe da qual ele foi dispensado mas pode ser que ele seja aprovado em outra equipe, isso é parte natural da vida do próprio ser humano. Infelizmente os clubes não tem essa preocupação, o que é errado, quem tem que se preocupar com isso são as pessoas ao redor do adolescente, a família".

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