sábado, 6 de setembro de 2014

Mais uma vez, o lado humano

     Batendo de novo na tecla do "jogador de futebol de base é antes de tudo um ser humano em desenvolvimento" fomos conversar com a psicóloga Sonia Román que trabalhou uma década na base do Santos e ajudou na formação da segunda geração dos meninos da vila de Diego, Robinho e cia, sobre como deve ser feito o trabalho nas categorias de base colocando esse lado humano como prioridade. 

     É importante observar que a psicologia clínica, aquela que vem à cabeça primeiro quando pensamos em psicologia e tratamento psicológicos, é diferente da psicologia do esporte, elas tem objetivos distintos. Enquanto a primeira "está voltada para os problemas emocionais", como explica a psicóloga, a segunda estuda, em linhas gerais, o comportamento dos envolvidos na prática esportiva com o intuito de aprimorar o desempenho dos atletas, não apenas os de alto rendimento, durante a competição.

     Quando perguntada sobre a utilização da psicologia clínica na base ela responde "seria o ideal, justamente para quando o menino tiver dificuldades ele de repente não desenvolver uma sintomatologia desnecessária que poderia ser prevenida", aponta Sonia. Infelizmente, a psicologia é uma ciência que ainda não conseguiu entrar no mundo do futebol brasileiro, que dirá na base, trazendo como consequência uma vida mais estressante para os garotos, "eu atendi um menino que tinha medo do treinador por que ele pegou um técnico muito grosseiro, autoritário, que não conseguia nem entrar no clube", revela a psicóloga. Um desperdício de talento.

Fontes:
http://www.psicologianoesporte.com.br/o-que-e-psicologia-do-esporte/
http://www.ceppe.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=44&Itemid=58

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